Depois de 6 anos encontro-me sozinha. Não sem ninguém, num sentido literal da palavra, mas sem ti. Quando te conheci fiquei deslumbrada com as tuas palavras, com a falsa ingenuidade com que me conquistaste. Nos primeiros tempos, pensei que não havia ninguém como tu, tão humilde e generoso, tanto comigo como com os meus pais. Aos poucos, começaste a fugir de nós...de mim e deles, "não gosto muito do Rui", "As tuas amigas não são tuas amigas", só porque a Sónia não concordou com uma simples opinião tua. Aos poucos, fui-me habituando, quando saímos, a estar separada de ti. Sentavaste no balcão do café a ler o jornal e a beber um moscatel ou um Porto. Eu, sentava-me ao teu lado mas era como se não estivesse ali. Lias o jornal e eu ali ficava. Disseste que o cigarro não ficava bem na minha mão, que nada tinha a ver comigo. Deixei de fumar. Comecei, aos poucos, a sentar-me junto das minhas colegas de escola, na esperança que ainda ali estivessem. Umas nunca tinham estado. A Sónia, por exemplo, esteve sempre...Quando te disse que tinha conseguido trabalho nem sorriste. Contei-te à hora de almoço, estavas no café. Fiquei deslumbrada com a possibilidade de trabalhar depois de tantos anos de estudo. Deixaste de sair comigo. Comecei, sozinha, a percorrer a noite, a sentar-me sozinha ao balcão dos bares de onde morávamos antes de vivermos juntos, na terra dos nossos pais, onde ainda estavam as minhas amigas. Pensei que tinhamos uma relação liberal, cada um de nós tinha a sua vida e, à noite, encontrávamo-nos na nossa casa, na tua casa afinal... Depois de palavras duras, desconfianças, lágrimas derramadas sem um abraço, e passeios infindáveis até à beira do Tejo, não aguentei mais viver contigo. Deixaste de ser a pessoa que eras. Talvez eu também tenha mudado, afinal passaram 6 anos e com 20 anos, ao contrário do que pensava na altura, eu não sabia tudo... Agora, quase um ano depois de te deixar, sei que te amei mesmo depois de partir, sei que sofri por não te ter, mas afinal, nunca tinhas lá estado. Descobri que outra pessoa estava na tua vida e o amor incondicional que declaravas por mim se tinha desvanecido num piscar de olhos. Do amor passámos ao ódio. Não te odeio. Tenho uma mágoa dentro do peito que não consigo arrancar. Seguiste a tua vida e eu sinto-me completamente presa dentro dela.
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Por baixo da pele
um toque suave
que percorre o corpo
uma gota de vinho
que escorre pela pele
um sorriso que se desenha
nos teus lábios carnudos
desce pela minha pele
e faz-me arrepiar...
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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Personal
Decidi tornar este espaço um pouco mais pessoal e divagar por aqui algumas das coisas que vou vivenciando.
Estou no trabalho neste momento. Bem sei que deveria estar a trabalhar, mas muitas vezes, queria fugir daqui e ser outra pessoa, daquelas personagens que vemos nos filmes...
Imagino muitas vezes ser outro alguém. Curioso que nestas minhas 'visões', imagino sempre uma rua de lisboa, em plena Almirante Reis. O cenário é em tons de sépia. Eu, que não sou eu, uso um cabelo com um corte à anos 20, encaracolado e castanho escuro. Trago um chapéu. vejo-me detrás. Estou a fumar e tenho os lábios pintados de vermelho. Olho para as montras e finjo que ignmoro as pessoas que passam a meu lado. Observo aquela azáfama como se fosse normal para mim, mas sei que não é. Tenho um olhar de desprezo cravado na face e sorrio maliciosamente, saboreando o meu cigarro. Uso um sobretudo bege ( cor que na realidade odeio) e, na visão de mim mesma a percorrer as ruas, não consigo deixar de olhar fixamente para os meus sapatos de salto alto que me fazem sentir poderosa, como uma mulher enigmática e sensual que esconde debaixo da máscara uma história a desvendar...
...
tento libertar-me
daquela angústia que me consome
da ansiedade que me persegue
em forma de sombras
pesadelos em plena luz do dia
sorrir e chorar
por ti
numa fusão de sentimentos
Espero encontrar...
um dia
encontrar-te num recanto da noite
olhar nos teus olhos
e simplesmente saber
saber que somos só um
...
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pensamentos e emoções fortes
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
Um dizer ainda puro
sim, cria comigo esse silêncio que nos faz nus e em nós acende o lume das árvores de fruto.
Vasco Gato
Vasco Gato
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será que estou in love??
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
Recordar o amor
Ne me quitte pas
Il faut oublier
Tout peut s'oublier
Qui s'enfuit deja
Oublier le temps
Des malentendus
Et le temps perdu
A savoir comment
Oublier ces heures
Qui tuaient parfois
A coups de pourquoi
Le coeur du bonheur
Ne me quitte pas (4 fois)
Moi je t'offrirai
Des perles de pluie
Venues de pays
Où il ne pleut pas
Je creuserai la terre
Jusqu'apres ma mort
Pour couvrir ton corps
D'or et de lumière
Je ferai un domaine
Où l'amour sera roi
Où l'amour sera loi
Où tu seras reine
Ne me quitte pas (4 fois)
Ne me quitte pas
Je t'inventerai
Des mots insensés
Que tu comprendras
Je te parlerai
De ces amants là
Qui ont vu deux fois
Leurs coeurs s'embraser
Je te racont'rai
L'histoire de ce roi
Mort de n'avoir pas
Pu te rencontrer
Ne me quitte pas (4 fois)
On a vu souvent
Rejaillir le feu
De l'ancien volcan
Qu'on croyait trop vieux
Il est paraît-il
Des terres brûlées
Donnant plus de blé
Qu'un meilleur avril
Et quand vient le soir
Pour qu'un ciel flamboie
Le rouge et le noir
Ne s'épousent-ils pas
Ne me quitte pas (4 fois)
Ne me quitte pas
Je ne vais plus pleurer
Je ne vais plus parler
Je me cacherai là
À te regarder
Danser et sourire
Et à t'écouter
Chanter et puis rire
Laisse-moi devenir
L'ombre de ton ombre
L'ombre de ta main
L'ombre de ton chien
Ne me quitte pas (4 fois)
Quem me quiser há-de saber a espuma em que sou turbilhão, subitamente
- Ou então não saber coisa nenhuma e embalar-me ao peito, simplesmente.
Poema de Rosa Lobato Faria
Justin Black
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será que estou in love??
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